Ricardo Karman
Arquiteto, empresário e diretor multimídia. Dirige dois espetáculos que marcam os anos 90 pelo insólito de conduzir o público numa travessia interativa por locais urbanos inusitados e originais, oferecendo-lhes uma vivência sensorial, criando conexões entre teatro, artes plásticas, performance e vídeo: Viagem ao Centro da Terra, em um túnel abandonado sob o rio Pinheiros, em 1992 e A Grande Viagem de Merlin, 1995 (itinerante, 130km, obteve matérias no New York Times, revista TIME e outros). Em 2001 ganha o prêmio Shell especial de realização pela montagem de Viagem ao Centro da Terra no Rio de Janeiro.
No palco, ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor espetáculo jovem de 2002 com a versão multimídia do clássico O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna. É fundador da Kompanhia do Centro da Terra (1989) e do Teatro do Centro da Terra (2001). Em 2005 ganhou os prêmios APCA de direção infantil e Coca-Cola de melhor produção pelo espetáculo-instalação O Ilha do Tesouro, uma experiência interativa entre pais e filhos.
A partir de 2005, aproxima-se mais das artes plásticas e cria três Instalações participativas de grande impacto lúdico e sensorial. Sobre-viventes (2005), hidro-video-instalação na qual os participantes interagiam com chuva de verdade e projeções de vídeo sobre os guarda-chuvas brancos que os protegiam. Um Corpo D’água (2006), experiência espacial e imersiva na qual o público, dentro de um inflável de grandes dimensões interagia com vídeo projeções volumétricas balançando-se em balanços de parques infantis, presos em um enorme tronco de árvore. Pneuma (2007) era um ambiente sensorial que utilizava o vento como elemento de interação. O público vestia acessórios e roupas aero-cinéticos que, acoplados ao corpo, possibilitavam um diálogo lúdico do usuário com o vento.
Ainda em 2007 escreveu e dirigiu o espetáculo experimental e inédito de ficção científica, O Kronoscópio, no palco do Centro da Terra, com grande sucesso de público, apresentado gratuitamente graças ao Programa Municipal de Fomento ao Teatro. Em 2008, adaptou seu espetáculo O Ilha do Tesouro em uma Instalação inflável gigante, especialmente para o Shopping Center Norte, assistido por cerca de 10 mil pessoas. Em 2009, a convite da Secretaria do Meio Ambiente, criou e dirigiu o espetáculo Aguáh – o Espírito das Águas, apresentado para a rede pública de educação no parque da represa Guarapiranga.
Em 2010 criou e dirigiu Teatrokê , espetáculo em que o público é convidado a atuar no palco do Centro da Terra com ajuda de um ponto eletrônico.
De 2010 a 2014 foi o anfitrião de Noites na Taverna, o Sarau de Poesias mensal do Teatro do Centro da Terra.
Em 2011 criou e dirigiu Biliri e o Pote Vazio, espetáculo teatral concebido a partir de um conto chinês milenar, com intervenções multimídia inspiradas no teatro de sombras. O projeto foi contemplado pelo edital da Sabesp e do Centro Cultural Banco Brasil, com apresentações em São Paulo e em Brasília
Em 2016 escreveu e dirigiu o espetáculo multimídia de ficção científica OVONO, patrocinado pelo BB e apresentado no CCBB São Paulo.